Documentário sobre a vida e o legado do multiartista baiano Môa do Katendê já circulou festivais pelo mundo e chega aos circuito nacional no dia da capoeira; distribuição é da O2 Play
O documentário Môa, Raiz Afro Mãe, que conta a vida e trajetória do músico, capoeirista e símbolo de resistência cultural Môa do Katendê, chega aos cinemas nesta quinta-feira, 3 de agosto – que marca o dia nacional da capoeira.
Produzido pela Kana Filmes e dirigido por Gustavo McNair, Môa, Raiz Afro Mãe já foi exibido em diversos festivais internacionais – entre eles o Panorama Coisa de Cinema 2022, o Festival de Cinema de Alter do Chão 2022, o Festival du Cinéma Brésilien de Paris 2023 e a 15ª edição do In-Edit Brasil.
Môa do Katendê, considerado um dos responsáveis pela revolução do Carnaval baiano com a ascensão dos blocos afro, foi assassinado em outubro de 2018, em Salvador, durante as eleições presidenciais. O crime foi motivado pela forte intolerância política que estava em vigor na época.
“Môa se tornou um símbolo. As gerações que vieram após a dele entendem a sua importância e o que ele significa para a Bahia, o Afoxé e a cultura”, declara Beto Barreto, membro do grupo BaianaSystem, que participa do documentário.
Môa, Raiz Afro Mãe começou a ser produzido antes da morte do mestre de capoeira, que chegou a gravar entrevistas para o documentário. Em complemento a seus relatos, a história do artista é contada por meio de imagens e depoimentos da família e pessoas próximas do artista, entre elas estão figuras como Gilberto Gil, Letieres Leite, Lazzo Matumbi, BaianaSystem e Fabiana Cozza, entre outros.
“O Môa ficou ainda mais vivo depois de tudo o que aconteceu. Essa é a importância de um grande Mestre como ele”, completa Russo Passapusso, do BaianaSystem, que também integra o filme.
Fotos: Divulgação