Cultura & Lazer

Flipelô movimenta o Centro Histórico de Salvador até domingo (13)

Cerca de 200 mil pessoas nos 5 dias de festa, que esse ano homenageia Mãe Stella. 

O concerto da Orquestra Afrosinfônica e Danilo Caymmi, deu início, nesta quarta-feira (9), à sétima Festa Literária Internacional do Pelourinho, a Flipelô, que homenageia a escritora e ialorixá Mãe Stella de Oxóssi.

Além de movimentar o setor cultural, a Flipelô também aquece a economia. É estimada a criação de 1.240 postos de trabalho diretos no período, com geração de renda para essas pessoas. Considerada uma das maiores festas literárias do Brasil, a Flipelô ocorre no Pelourinho, desde a Praça Municipal até o Santo Antônio Além do Carmo. É esperado que, até domingo (13), cerca de 200 mil pessoas passem pelo local.

Até domingo (13), os espaços do Centro Histórico recebem uma rica e diversa programação cultural, com literatura, gastronomia, fotografia, espaços infantis, lançamentos de livros, palestras, teatro, saraus, oficinas, recitais de poesias e apresentações musicais. Todas gratuitas. Ainda tem a ‘FLIPELÔ+’, que reúne uma programação paralela em diversos espaços públicos e privados.

Segundo a diretora executiva da Fundação Jorge Amado, Ângela Fraga, a organização da feira começa no dia que a outra edição termina, pois é um processo lento e complexo. “São muitas pessoas envolvidas, muitas cabeças pensando. Precisamos de muita atenção, em todos os sentidos. Não só em relação à infraestrutura, mas também a personalidade a ser homenageada, as mesas de debates e as outras atividades artísticas. São cinco dias com uma programação quase ininterrupta”, explicou Ângela.

O secretário de Cultura, Bruno Monteiro, destacou a importância de o Estado apoiar eventos como este. “Essas feiras literárias são momentos importantes de contato da população com a leitura, de formação de novos públicos para o mundo do livro, da literatura. Acreditamos muito nessa forma de contagiar a população com o universo da cultura e das artes, sobretudo no Pelourinho, que é lugar de vida, de cultura, de arte”, afirmou Monteiro.

No intuito de estimular a literatura, principalmente entre os mais jovens, a Secretaria de Cultura do estado (Secult) também integra a Flipelô, através de ações da Fundação Pedro Calmon. Assim como a Biblioteca de Extensão (Bibex), que oferece atividades de contação de histórias e ações lúdicas que fortalecem a identidade baiana.

Entre as principais atrações da Flipelô, estão o escritor moçambicano Mia Couto e a escritora brasileira Eliana Alves Cruz, vencedora do Prêmio Jabuti 2022, na categoria Contos, pelo livro “A Vestida”. Além deles, outros 150 escritores devem passar pelas ladeiras do Pelourinho no período.

Incentivando uma maior participação popular, de quinta a domingo (10 a 13), das 10h às 22h, serão disponibilizados vans e guias de turismo credenciados, que partirão da Estação de Metrô do Campo da Pólvora e farão o traslado gratuito até o Taboão, no Pelourinho.

Foto: Fernando Vivas/GOVBA

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