As canções vencedoras passam a integrar o repertório do bloco a partir do Carnaval 2024
Tradição do bloco afro Ilê Aiyê há 48 anos consecutivos, a grande final do Festival de Música Negra (FMN) está prestes a acontecer no próximo domingo (10), a partir das 15h, na Senzala do Barro Preto, Curuzu. Das mais de 110 canções inscritas nesta edição, 17 delas foram selecionadas como finalistas pelo júri e serão apresentadas ao público durante o evento, que conta com apresentações das finalistas e show da anfitriã Band’Aiyê e convidados. A entrada custa 1kg de alimento não perecível, em prol da campanha Bahia sem Fome. O 49º Festival de Música Negra do Ilê Aiyê tem apoio cultural do ITS, Rádio Educadora, TVE, Pelô da Bahia, Secretaria de Cultura e Governo do Estado da Bahia.
As composições que chegaram à etapa final – oito da Categoria Tema e nove da Categoria Poesia – concorrem aos três primeiros lugares de cada categoria, passando a integrar o repertório do bloco. Quem acompanhou as edições anteriores, sabe que muitas das canções hoje cantadas pelo Ilê Aiyê nos seus shows são oriundas desse festival. Para esquentar os tambores, a Band’Aiyê levanta o astral com clássicos antes de começar a chamar os concorrentes. Os três vencedores serão premiados, respectivamente, com os valores de R$ 7 mil, R$ 6.500 e R$ 6 mil na categoria Tema; e com R$ 6.500, R$ 6 mil e R$ 5.500 na categoria Poesia. Além disso, todos também receberão o Troféu Pássaro Preto e duas fantasias do Ilê Aiyê para desfilar no bloco no próximo Carnaval.
“O Festival se constitui numa importante atividade artístico-cultural no processo de contar e cantar a história de reinos, países, personalidades, fatos, e da cultura e religiosidade africana e afro-brasileira, quase sempre invisibilizadas nas nossas escolas e em nossa memória. A mesma pesquisa que produzimos com o tema de cada Carnaval é utilizada nas escolas Mãe Hilda e Band’erê durante o ano letivo”, realça um dos coordenadores do Festival de Música Negra, Sandro Teles.
O tema escolhido pelo Ilê Aiyê em 2024 é “Vovô e Popó”, com as bençãos de Mãe Hilda Jitolu. A invenção do Bloco Afro. Ah se não fosse o Ilê”. Assim, o Ilê celebra os 50 anos do bloco, saudando seus líderes fundadores, Mãe Hilda Jitolu, e todos os blocos afro, tanto na Bahia quanto em todo o Brasil.
AS 17 FINALISTAS
CATEGORIA POESIA
Frente Liberal Feminina, de Ellen Pires e Misinho Corujito
Batuquegê do Ilê, de Cosme Silva, Thesco e Tadeu
Etnia Ilê, de Sérgio Baleiro e Edson Prodígio
O Imortal da Cidade, de André Lima e Josiel Teixeira
Gratidão, de Julinho Magaiver e Rosselini Leite
Febre de Desejo, de Nem Tatuagem
Ilê Mar de Felicidade, de Jose Carlos Cabelo
Mulher de Axé, de Edson Xuxu e Ademário
Ilê Tatuado no Peito, de Fabio Esquivel e Bruno Leão
CATEGORIA TEMA
Alafiou Panteiras Negras, de Edson Pródigio E Sergio Baleiro
Sou Mandinga Sou Dendê, de Dude Santiago
Ah Se Não Fosse O Ilê, de Fábio Esquivel E Bruno Leão
A Era De Ouro Do Ilê, de Joia Santos
Grito Da Vitória, de Cosme Silva E Júnior Bahia
Matriarca, de Marco Poca Olho
Ilê Bodas De Ouro, de Jucka Maneiro, Roberto Cruz Sandoval Melodia
Ori Bom, de Paulo Sales, Meg Star E Correa
SERVIÇO
49º Festival de Música Negra do Ilê Aiyê
Quando: Domingo (10/12)
Local: Senzala do Barro Preto – Curuzu
Horário: 15h
Ingresso: 1kg de alimento não perecível
Foto:Gustavo Mendes